Prega

Da série sou prega, mas sou amada.

Atrasadíssima para a sessão de Sonhando com Lhasa (Dreaming Lhasa), a Maharani chega toda esbaforida ao Espaço Unibanco. Dentro do espírito melhor ver meio filme que não ver nada, ainda compra ingresso para outra atração do Festival do Rio e corre até a sala 3.

A mocinha na porta avisa que não é preciso ter pressa, está começando naquele minuto. A Maharani nem acredita em sua incrível sorte, mas acha tudo muito estranho quando em vez de paisagens do Himalaia e monges tibetanos surgem na tela mexicanos na fronteira com os Estados Unidos discutindo o preço da travessia até o outro lado.

Mudou a programação? O filme não chegou a tempo?

Nananinanão.

A Maharani deveria ter ido para o Estação Botafogo 3 e não para o Espaço Unibanco 3. E acabou assistindo Atravessando o Arizona (Crossing Arizona).

"Ai, mas que prega!", disse uma amiga muito querida da Maharani, seguida de um abraço carinhoso e brincalhão daqueles que aquecem o coração e fazem a gente se sentir feliz, feliz, feliz, com um sorriso grande, grande.

Porque a Maharani é prega, mas é amada.