Shhhhhh
No Silêncio Divino (Die grosse Stille)foi literalmente o último filme do Festival do Rio - que terminou há quase um mês, mas cadê tempo de escrever.
O diretor Philip Gröning pediu autorização para filmar o cotidiano dentro do monastério La Grande Chartreuse, nos Alpes frances franceses, há duas décadas, mas pediram para ele esperar. Até que, dezesseis anos depois, recebeu o tão aguardado aval para fazer as imagens. Desde 1960 que ninguém acompanhava a vida no local, que pertence à Ordem dos Cartuxos, ou Ordem Cartusiana, umas das mais rígidas do mundo, fundada por São Bruno em 1804. Seus monges e monjas, naturalmente em mosteiros separados, vivem uma vida de reclusão, dedicada à contemplação e à oração. É uma vida dura, fastada do mundo mesmo, e até as visitas familiares são limitadas a uma ou duas por anos e, mesmo assim, só os parentes mais próximos. É prece e trabalho, retiro religioso quase que total.
O documentário segue o ritmo ascético do monastério: quase não tem diálogos, comentários ou músicas. É tudo muito silencioso e metade do cinema cochilou. Em defesa de todos, a sessão começou às dez e tal da noite e o são três horas de filme. É muito bonito e, também, muito cansativo se você não estiver preparado para se concentrar na simplicidade e na ausência de sons. As imagens impressionam - La Grande Chartreuse é linda de morrer, pé-direito gigantesco, paredes grossas, um pedaço magnífico dos Alpes - e mesmo sendo abstratos, dá para "ver" o silêncio e a fé.
A Ordem dos Cartuxos tem um site oficial e chartreuses no mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil, o Mosteiro Nossa Senhora Medianeira, em Ivorá, no interior do Rio Grande do Sul.
O diretor Philip Gröning pediu autorização para filmar o cotidiano dentro do monastério La Grande Chartreuse, nos Alpes frances franceses, há duas décadas, mas pediram para ele esperar. Até que, dezesseis anos depois, recebeu o tão aguardado aval para fazer as imagens. Desde 1960 que ninguém acompanhava a vida no local, que pertence à Ordem dos Cartuxos, ou Ordem Cartusiana, umas das mais rígidas do mundo, fundada por São Bruno em 1804. Seus monges e monjas, naturalmente em mosteiros separados, vivem uma vida de reclusão, dedicada à contemplação e à oração. É uma vida dura, fastada do mundo mesmo, e até as visitas familiares são limitadas a uma ou duas por anos e, mesmo assim, só os parentes mais próximos. É prece e trabalho, retiro religioso quase que total.
O documentário segue o ritmo ascético do monastério: quase não tem diálogos, comentários ou músicas. É tudo muito silencioso e metade do cinema cochilou. Em defesa de todos, a sessão começou às dez e tal da noite e o são três horas de filme. É muito bonito e, também, muito cansativo se você não estiver preparado para se concentrar na simplicidade e na ausência de sons. As imagens impressionam - La Grande Chartreuse é linda de morrer, pé-direito gigantesco, paredes grossas, um pedaço magnífico dos Alpes - e mesmo sendo abstratos, dá para "ver" o silêncio e a fé.
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