Uma velhinha irritante, dois mágicos ambiciosos e um bando de soldados pirados

Elsa & Fred - Um Amor de Paixão - Trama manjadíssima de um velhinho viúvo, triste e tal que encontra uma velhinha assanhada que o ajuda a redescobrir a alegria. Umas imagens muito bonitas de Madri, mas é só. O elenco é bom, mas a Elsa do título é um personagem completamente irritante. Sabe aquelas pessoas com uma personalidade larger than life, entronas, que acham que estão sempre certas e minimizam as opiniões alheias porque seu jeito exuberante de ser e viver obviamente está acima de coisas ridículas como regras, bom senso, respeito à individualidade e ao espaço alheios, etc? Pois é. Mas é levinho e teve gente que gostou. Final previsível, vocês estão avisados.


O Grande Truque - Bacana, é sobre dois mágicos ambiciosos e obcecados (Hugh Jackman e Christian Bale, ótimos), um querendo suplantar o outro sem dar a mínima para quem sai ferido no meio. Logo no comecinho, o personagem do Michael Caine (que é tudo, sempre), explica que truques de mágica são divididos em três partes: a preparação (the pledge), o truque (the turn) e a revelação (the prestige). É bem por aí ;) e mais não digo. Não é para cima como O Ilusionista, mas tem o mesmo apuro visual e ar elegante. Os marmanjos vão adorar ver a Scarlett Johansson, que fica de maiô boa parte do tempo, apesar de fazer um personagem apagadinho, apagadinho. E tem o Ziggy Stardust sem os Spiders from Mars fazendo uma ponta. Quer dizer, o Bowie.

Soldado Anônimo - Apesar de ter pouca cenas de guerra mesmo, deve ser dos mais violentos dos últimos tempos. O Jake Gyllenhaal é um soldado que se prepara para a primeira Guerra do Golfo e, enquanto a batalha não chega, ele e os colegas vão entrando em um processo de embrutecimento de assustar.A coisa fica muito feia e, todos, ou quase todos, vão se desumanizando, ficando mais mais violentos, mais intransigentes, mais cruéis uns com os outros. Tem aquela brotherhood que todo filme do gênero sempre tem, mas é uma irmandade pouquíssimo solidária, louca, egoísta. O elenco é bom, mas no final dá um cansaço de tanta violência, da impaciência dos soldados esperando o combate. Lembra um pouco (um pouco) o Nascido para Matar, mas o Sam Mendes não é o Kubrick.

Todos no DVD.