Wednesday, July 04, 2007

O imperador canalha, sua amante descarada e a falta de aprofundamento histórico

D. Pedro I - Um herói sem nenhum caráter, de Isabel Lustosa, da Coleção Perfis Brasileiros da Companhia das Letras, é ok, mas não chega perto da biografia do Getúlio Vargas escrita pelo Bóris Fausto. Entre outras razões, porque é muito superficial nas questões históricas e, como outras obras do gênero, dá para ver o fascínio que o biografado exerce sobre o biógrafo.

Não dá para entender a falta de aprofundamento nas questões econômicas da época, as quais estão diretamente relacionadas com a prática política. Essa até recebe bem mais atenção, mas não chega nem aos pés do espaço dedicado à vida pessoal do imperador.

Certo, certo, você tem que destrinchar o homem para entender o personagem, mas faltou equilíbrio.

Ah, já sei. Vocês querem saber da Marquesa dos Santos? Maior vagaba da História do Brasil. Personagem detestável.

D. Pedro I, exatamente como a gente aprendeu na escola, canalha de marca maior.

E D. Leopoldina, tadinha, teve de engulir a amante do marido andando para cima e para baixo na corte e ainda apanhou dele grávida!

No fim das contas, uma biografia razoável de uma figura histórica sobre quem se tem pouco material recente publicado para o grande público.

18 Comments:

Anonymous Anonymous said...

a Marquesa, dona Domitila, se tornou senhôra(sic) respeitável na sociedade paulistana, logo depois que a poeira baixou; ela casou com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, patrono da Polícia Militar paulista.
dona de vasta extensão de terras em São Paulo, doou um terreno para a construção do cemitério da Consolação, onde repousa ali, logo na entrada, junto a outros figurões da História:Prudente de Moraes, Oswald de Andrade, Monteiro Lobato, conde Matarazzo, etc...boa história.
e será que a mulher tinha tantos encantos pra cativar o imperador? diz que antes, o primeiro marido a pegou no flagra, e talhou-lhe a barriga, deixando uma beça cicatriz como se fosse cesariana.

6:46 PM  
Blogger Gisela Lacerda said...

Nossa, que horror essa história aí do corte.. Me dá calafrios.

Muita boa sua breve análise, madame Maharani. Eu que não entendo muito de História, aprendo aqui, na Ana, na Cris, enfim. ;-)

6:56 PM  
Anonymous Anonymous said...

Raquel,
Eu compreendo a tua indignação c/ a falta de aprofundamento histórico do autor e vc detectou o problema: o biógrafo geralmente se apaixona pelo objeto da análise. Isso não é nada raro em biografias. Acho que p/ quem quer ir a fundo na vida de uma figura histórica, é legal ler várias obras e ir compondo uma espécie de mosaico.

Gi,
Obrigada, mas eu não sou especialista em história. Só sou (bem) interessada.

beijocas para as duas!

1:33 AM  
Blogger Ana said...

Gostaria de ter toda a coleção !

Agora o D. Pedro I, sempre foi um personagem que não me atraiu muito, que fazer gosto mais do D. Pedro II :-)

3:31 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ana, dom Pedro II foi uma figuraça mesmo.
ao pegar o telefone, invenção saindo do forno do Graham Bell, numa feira de Ciências, ele observou, espantado:
Isso fala!!!

e eu queria saber, se dom Pedro II é o filho, porque ele é mais velho que o dom Pedro I ???

5:42 PM  
Blogger A Dona do Bloguinho said...

Serbão,

é a Domitila depois virou matriarca respeitável na sociedade paulista. Incrível o que o dinheiro compra...

Gi,

ela era um tremenda de uma bisca, vagaba mesmo.

Cris,

isso é o que tento fazer. Comprei essa porque gostei muito da biografia do Getúlio da mesma coleção, que abordava todos esses pontos. Tudo bem, que o Bóris Fausto é muito mais historiador que a Isabel Lustosa, mas estava esperando algo no mesmo nível.

Mas, como toda coleção, alguns livros são bons, outros nem tanto. Ainda bem que há vasta biografia, de bons historiadores, sobre o Império.

Ana Lucia,

acho que você ia gostar muito do Castro Alves. Eu também sempre achei a figura do D. Pedro II mais simpática. Vou ler o livro dele da coleção e conto depois.

Serbão,

hpa registros de um monte de gente tendo a mesma reação. Para eles era mesmo coisa de outro mundo. :)

Bjs bjs

9:12 AM  
Blogger i said...

A monarquia é sempre tratada de maneira superficial no Brasil. Uma pena, porque o período não foi tão idiota quanto o retrato que pintamos dele... se bobear, foi menos do que a república...

3:33 PM  
Blogger Gisela Lacerda said...

Coitadinha da moça, Maharani. Mas ela deve ter aproveitado bastante. ;-))

4:34 PM  
Anonymous Anonymous said...

DETESTAVEL A SUA FALTA DE CARATER EM DIZER TANTOS ADVERBIOS QUE DESPRESTIGIAM IRMÃO JÁ DESENCARNADOS. vEJA BEM SE VOCE TEM CONDUTA TÃO MARAVILHOSA. APRENDA A RESPEITAR A VIDA QUE OS OUTROS LEVAM E TAMBÉM A SUA NÃO SE EXPONDO DE FORMA TÃO PEJORATIVA.
eSSA FORMA DE SER NÃO VAI LHE TRAZER PRESTÍGIO E NEM APLAUSOS.
SEJA MAIS POSITIVA. iSSO É PARA VOCE QUE BOLOU TÃO BOBO BLOG. SEM RESPONSABILIDADE. VOCE É BEM CARA DE PAU.

9:02 PM  
Anonymous Anonymous said...

Rachel, vim aplaudir teu blog e garantir prestígio.
;)

1:06 PM  
Anonymous Anonymous said...

ah, sim: Clé ou quem quer que seja, tu és uma imbecil.

1:07 PM  
Anonymous Anonymous said...

Por acaso me deparei com essa horrivél descrição deste sensacional livro de uma grande historiadora que é Isabel Lustosa, feita provavelmente por uma pessoa leiga no assunto e que deveria ler um pouco mais sobre o assunto para não falar o que não sabe.
D. Pedro nunca foi um mau caráter, Domitila naõ era uma despudorada e nunca foi comprovado historicamente que nosso imperador tenha chutado a imperatriz Leopoldina. Querida leia um pouco mais, eu recomendo, antes de falar de um trabalho tão bom de uma profissional consagrada.

8:24 PM  
Blogger A Dona do Bloguinho said...

Cristiane,

Isabel Lustosa é uma ótima historiadora, mas o livro é fraco. Disse e repito. O post explica as razões da minha opinião.

Nâo concorda? Ótimo, não tenho o menor problema com isso.

Mas nem tente voltar aqui e desqualificar o que eu escrevi usando o manjadíssimo recurso do "você é leiga" e "não leu sobre o assunto". Primeiro, porque é um livro para leigos e não para historiadores, segundo porque já li pencas sobre o tema. E mesmo que não tivesse a minha avaliação e tão válida quanto qualquer outra.

E sim, "querida", o imperador era canalha e a amante descarada e eu não gostei do livro da historiadora consagrada.

Viva com isso.

9:47 AM  
Anonymous Anonymous said...

Recomendação última de D. Pedro I a José Bonifácio, que seria o responsável pelo menino-imperador D. Pedro II: 'EDUQUE-O, NÃO QUERO QUE SEJA UM ANIMAL COMO EU ...".

DURMA SEU ETERNO SONO, D. PEDRO II, QUEM CONHECE SUA VIDA SUA OBRA REAFIRMA QUE O SENHOR FOI O MAIOR DOS BRASILEIROS.

10:45 PM  
Anonymous Anonymous said...

D. Pedro II conhecia a fama e renome do pai. Por temperamento, aparência e gosto saiu muito mais a sua mãe austríaca, D. Leopoldina. D. Pedro II era circunspecto, estudioso, homem mais de letras que de ação, embora fosse apaixonado por tecnologias. Teve também suas "amigas", e assim as trataria, ao invés de denominá-las "favoritas", como a Condessa de Barral, Mme Villeneuve, Mme. Guedes Pinto e Mme La Tour. Admirável como homem, estadista e estudioso. Foi por três vezes árbitro de contendas internacionais, uma delas arbitrando um litígio EUA-Grã-Bretanha, sobre as ações do cruzador "Alabama", durante a Guerra Civil Americana. Durma em paz, D. Pedro II, os brasileiros que te conhecem o admiram ainda mais. Frederico Garcia

10:53 PM  
Blogger Rip said...

Para mim os piores atos da marquesa foram ter tentado entrar à força no quarto onde a imperatriz Leopoldina morria e ter impedido que ela visse os filhos pela última vez. Triste ver que tanta gente ainda endeusa essa mulher.

9:03 AM  
Blogger Unknown said...

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6:39 AM  
Blogger AB78 said...

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