Força na peruca

Sabem o que é a melhor coisa de Onde os Fracos Não têm Vez(No Country for Old Men)? É que o assassino serial killer do filme vivido pelo Javier Barden não é malucão. Quer dizer, louco ele é e de pedra, mas não é aquele doido cheio de caras, bocas e trejeitos e olhos esbugalhados de possuído que o personagem certamente teria se tivesse sido interpretado pelo Jack Nicholson ou pelo Robert de Niro, se é que vocês me entendem.

Nada, o cara é frio, seco, não está ali para brincar, gelo corre em suas veias (sempre quis usar esse chavãozinho básico, he he) e ele dá medo, muito medo.

Ah, o cabelo tão falado. Mãe de amiga da Maharani usa o mesmo corte.

Ah, sim, o filme. É meio lento e com certeza tem quem vá achar o final meio aberto, mas tem muitas coisas bacanas, principalmente as atuações. O Josh Brolin, que vai ser sempre o Brand Walsh do super clássico Goonies, melhorou horrores, mas o sotaque irrita demais. Assim como o de Carla Jean (Kelly McDonald), aquela coisa meio cantada, meio arrastada, e, céus, como a personagem dela é burrinha e chata, meio white trash. O Tommy Lee Jones está bem, ele sempre está bem, mas essa coisa do policial experiente e filosófico e deeenso cansa.

A sacanagem disso tudo é o Barden ter sido indicado para o Oscar e afins de Ator Coadjuvante. Pô, ele não tem nada de coadjuvante ali!!! É personagem central, mesmo.

Não é o melhor filme dos Cohen, até porque, vamos combinar, não dá para fazer um Fargo ano sim, ano não, mas tem umas sacadas geniais. A melhor delas, sem dúvida, fazer com que o deserto, sempre associado à idéia de liberdade e tal, seja muito, muito claustrofóbico.

E claro, o Barden.