Goodbye, Pollack!

Sidney Pollack morreu.

Não gostava de tudo que ele fez, mas ele fez Ausência de Malícia , que mesmo com todos os problemos e tendo ficado meio datado garantiu sua nuvenzinha no céu.

Sobrinhazinha II

Linda, fofa, maravilhosa, perfeita, saudável, a segunda sobrinha da Maharani nasceu nesta segunda à noite, a cara da Sobrinhazinha I, que ficou impressionada como a irmãzinha dormia quietinha.

Alegria, felicidade, e amor, muito amor, hoje e sempre, eterno.

Morrer a la playa

Abre parênteses.

Achoo fim fazer do bloguinho o muro das lamentações cibernético do dia a dia, mas tem vezes que simplesmente não dá.

A vida é muuuuito difícil certas horas, muuuuuito muuuuuito difícil mesmo.É aquela sensação de que você passou a vida inteira se esforçando loucamente, tentando dar o melhor de si e ou tudo saiu errado ou tudo saiu bem mais ou menos.

Alguns diriam que é a sensação de nadar, nadar e morrer na praia, mas é pior: é nadar, nadar e nem conseguir chegar à praia.

É duro você só tomar paulada na cabeça. E é duríssimo você se pegar sendo uma pessoa pouquíssima espirutalizada e ter raiva de si mesma.

Mas pôxa vida, eu fico cansada de nadar. Eu não agüento mais nadar. Eu estou de saco cheio de nadar.

Juro que se tivesse dinheiro comprava uma passagem e sumia no mundo.

Fecha parênteses.

Autismo e a dura realidade da pobreza

Prometi para a Isabella do Tem Quem Goste um post em uma blogagem coletiva sobre o Austimo.

Atrasadíssima, porque muitas vezes a vida é madrasta e as coisas estão bem complicadas por aqui.

E, também, porque lia, lia e lia sobre o assunto e fica na dúvida se poderia acrescentar alguma coisa.

Até que outro dia procurando uma coisa totalmente diferente no Google encontrei esta matéria da Época sobre autistas em cativeiro. É isso mesmo, na Bahia, famílias de baixa renda trancam seus familiares autistas durante suas crises para protegê-los e a si mesmos. Não é maldade, não é falta de amor, é desespero e desamparo.

Leiam, porque é impressionante.

E leiam, porque é um retrato, mais um, do que é o Brasil e do que é a realidade do portador de um distúrbio do desenvolvimento, o que é caso do autismo, em um país do Terceiro Mundo. Sim, Terceiro Mundo, com todas as letras. Por mais que a Veja e o Lula digam e tentem provar o contrário, cada uma sua maneira, país que trata seus cidadãos mais fracos e mais desprotegidos dessa forma é de quinta.

Esse definitivamente não é o post que eu planejei, mas espero que ajude as pessoas a entenderem um pouquinho mais sobre o assunto.

FAQ rápido sobre autismo da mesma matéria, que é de Tânia Rodrigues.

Dúvidas e idéias erradas sobre o autismo:

Autismo é uma doença mental? Não. É um distúrbio do desenvolvimento causado por uma falha do crescimento do cérebro. Há autistas com deficiência mental e outros superdotados (a chamada “síndrome de Asperger”).

Quantas pessoas são autistas?
Não existem estatísticas oficiais. Mas, segundo estudos americanos, há um autista para cada 150 pessoas. Assim, o Brasil teria mais de 1 milhão deles. Apenas 50 mil teriam sido diagnosticados.

Como reconhecer um autista?
Dentro do espectro autista, existem características comuns. O autista tem dificuldade de se relacionar socialmente e problemas com a linguagem. Outro ponto comum são os movimentos e a emissão de sons repetitivos.

O que causa o autismo?
Não se sabe exatamente. Fala-se em excesso de testosterona na gravidez, inflamação cerebral e outras causas. Mas a tese mais aceita hoje em dia é de que ele seja genético, transmitido por uma combinação de genes.

Autismo tem cura?
Fonoaudiologia, terapia comportamental ou psicomotora e educação específica ajudam a levar uma vida quase normal. Até os mais comprometidos aprendem tarefas mecânicas. O diagnóstico precoce é fundamental.

Respira, respira, respira...

... respira fuuuundo e profuuuuundo que desta vez o tranco está mais pesado que o usual.

Força na peruca

Sabem o que é a melhor coisa de Onde os Fracos Não têm Vez(No Country for Old Men)? É que o assassino serial killer do filme vivido pelo Javier Barden não é malucão. Quer dizer, louco ele é e de pedra, mas não é aquele doido cheio de caras, bocas e trejeitos e olhos esbugalhados de possuído que o personagem certamente teria se tivesse sido interpretado pelo Jack Nicholson ou pelo Robert de Niro, se é que vocês me entendem.

Nada, o cara é frio, seco, não está ali para brincar, gelo corre em suas veias (sempre quis usar esse chavãozinho básico, he he) e ele dá medo, muito medo.

Ah, o cabelo tão falado. Mãe de amiga da Maharani usa o mesmo corte.

Ah, sim, o filme. É meio lento e com certeza tem quem vá achar o final meio aberto, mas tem muitas coisas bacanas, principalmente as atuações. O Josh Brolin, que vai ser sempre o Brand Walsh do super clássico Goonies, melhorou horrores, mas o sotaque irrita demais. Assim como o de Carla Jean (Kelly McDonald), aquela coisa meio cantada, meio arrastada, e, céus, como a personagem dela é burrinha e chata, meio white trash. O Tommy Lee Jones está bem, ele sempre está bem, mas essa coisa do policial experiente e filosófico e deeenso cansa.

A sacanagem disso tudo é o Barden ter sido indicado para o Oscar e afins de Ator Coadjuvante. Pô, ele não tem nada de coadjuvante ali!!! É personagem central, mesmo.

Não é o melhor filme dos Cohen, até porque, vamos combinar, não dá para fazer um Fargo ano sim, ano não, mas tem umas sacadas geniais. A melhor delas, sem dúvida, fazer com que o deserto, sempre associado à idéia de liberdade e tal, seja muito, muito claustrofóbico.

E claro, o Barden.

The fury of a thousand suns

Foto de uma explosão na superfície solar, que durante muito tempo foi o descanso de tela da Maharani.

Tradução perfeita para a expressão "I hate today with the fire (or fury) of a thousand suns".

Palmeiras da Paissandu

Ou uma tentativa de uma fotito mais interessante.

Aliás, Palmeiras da Paissandu ia ser o nome do bloguinho.

Mas o Mr. Engineer foi contra. >:(

Só para constar...

... não tenho o menor saco para Nelson Rodrigues.

Pronto, falei.

Pipocão estilo Sessão da Tarde

Sabe quando você dá de cara com uma foto na internet ou em alguma revista do Matthew McConaughey malhando loucamente e fica se perguntando para que tanto exercício, vai tomar um chope, dois, três?

Ora, para aparecer sem camisa em 95% das cenas de filmes como Um amor de tesouro (Fool's gold) - os outros 5% ele está de camiseta molhada e colada no corpitcho mais que sarado. Aí você olha para o cidadão, olha para sua pancinha sendo alimentada naquele exato momento por um combo hipermegasuper de pipoca e lembra que não pisa na academia há uma semana.

Cuuuuulpa.

Ah, o filme? Uma bobagem leve e engraçadinha de Sessão da Tarde, Matthew McConaughey e Kate Hudson (que, verdade seja dita, têm muuuita química) tentando encontrar um galeão espanhol repleto de tesouros que afundou no Caribe há quase 300 anos, com direito a cenários líndissimos, algumas piadas boas, explosões, tiros, correria, vilões muito malvados, adversários nem tanto, uma bonitinha burrinha e um milionário que embarca na aventura vivido pelo Donaldo Sutherland.

E o Donald Sutherland é tudo. Jack Bauer é fichinha perto dele.

Só que ingresso mias pipoca fica caro, então melhor alugar em vídeo, mesmo. A molecada vai adorar. Até porque vocês já viram as bombas que tem passado na Sessão da Tarde ultimamente??

Maravilha do Dia

Les patineurs (Os patinadores), de Henri Matisse.

Porque tem que ser muito acima do resto da humanidade para ser tão simples e tão genial.

E com esse post a Maravilha do Dia volta a dar o ar de sua graça e o bloguinho volta à programação normal. :)

Socoooorro, o que é aquilo na parede?

Todo mundo gostou um dia dos Titãs. Depois desgostou porque os caras perderam a mão, ficaram chatos, escreveram livros, etc etc et al.

A Maharani também, mas sempre odiou quanto eles cantavam Bichos escrotos, primeiro porque o nome da música é feio e grosseiro, segundo porque rola uma fobia das mais viscerais com relação a bichos nojentos.

Então.

Lá estava a Maharani, maharanisticamente esparramada no sofá assistindo um fime muito muito ruim na TV a cabo quando viu uma "sombra" no ângulo formado entre a parede e o teto.

"Sombra".

Na junção da parede com o teto.

A parede e o teto lindinhos, pintadinhos, depois de dois meses de obras.

Obras infernais.

"Sombra".

"Sombra" grande.

"Sombra" grande que se mexia.

Pois é.

A "sombra" era a maior barata do mundo. Não, sério. Era do tamanho de uma mariposa das grandes. Enorme, feia, suja, nojenta, assustadora!!!! Na parede nova da Maharani!!! A parede nova da Maharani fóbica que tem a casa detetizada a cada três meses!!!

MEEEEEDOOOOOO!!!

Depois de um gritinho básico - deve ter acordado metade do prédio, mas isso é detalhe -, a Maharani correu para o armário, pegou o Baygon hipersupermegamatador de bichos nojentos horrorosos e descarregou um tubo quase inteiro na "sombra".

Tudo bem que a distância era grande, afinal a "sombra" estava lá grudada no teto. Mas foi tanto produto que quase que a Maharani quase morreu intoxicada.

E adivinhem o que aconteu???

VOOU!!!! VOOU!!!!! Com asas enormes, maior que qualquer bombardeiro da Segunda Guerra Mundial. Voou e se alojou em outro canto!!!!

Daí a Maharani saiu correndo xingando - a outra metade do prédio deve ter acordado, mas isso é mais um detalhe -, pegou uma vassoura e deu uma vassourada de longe na coisa nojenta que caiu no chão e começou a andar!!!

Olha, gente, vocês não têm noção de como esse bicho nojento é nojento. Ainda mais quando é o maior bicho nojento do mundo.

Porque a Maharani deu umas quinhentas vassouradas para matar aquele coisa - o vizinho de baixo, que é surdo, nessa hora com certeza acordou, mas isso é outro detalhe -, e ela continuava viva. Nem as ordens de "morre, morre, morre, morre" - que devem ter acordado o bairro, mas vamos esqeucer os detalhes-, adiantaram. Foi muita paulada. No final ainda se mexia.

Já com os batimentos cardíacos em 289, a Maharani pegou um rodo, daqueles de cabo bem comprido, equilibrou a sombra do mal em cima, e despachou aquele ser asqueroso vaso sanitário do banheiro que não é usado abaixo. Descarga quinhentas vezes para o bicho nojento ir para beeem longe e quem sabe morria afogado de vez.

Eu sei, eu sei.

Muita água gasta!!

Mas a fobia de faltar água da Maharani só é menor que a fobia de bichos nojentos do mal feios sujos e malvados.

O chão onde a Justiça foi feita foi limpado com litros de desinfetante. O resto da casa foi borrifada com mais mata seres-asquerosos-que-não-deveriam-existir.

De manhã, no elevador, Maharani enconta com o vizinho de baixo com problemas de audição.

Vizinho bonzinho: Percebi que você estava batando com algo no chão hoje de madrugada.
Maharani: Olha, me desculpe, mas é que o senhor vizinho bonzinho nem imagina o bicho gigantesco do mal que apareceu lá no ângulo onde a parede e o teto novos se encontram e eu tenho fobia...
Vizinho bonzinho: Não, eu sei! Também tenho asco!! E também apareceu um ser horrível desse aqui em casa ontem!
Maharani: Juuura??? QUE ISSO!!!
Vizinho bonzinho: Entrou pela janela voando!!
...(estado de puro horror)
...(vizinho bonzinho e Maharani quase se dão as mãos)
Maharani: Não!!!
Vizinho bonzinho: Você viu como choveu ontem?
...(choveu horrores, as janelas batiam como em filme de terror)
Maharani: É verdade!
Vizinho bonzinho: Aposto que todos os bichos podres saíram dos esgotos.
...(Maharani apavorada pensando em que mais saiu das profundezas da cuidade, começa a balbulciar um mantra incoerente, algo como "Oooom, me salva, ooomn, longe de mim, ooooom").
Vizinho bonzinho: E você sabia que se houver uma guerra nuclear só as baratas sobriviverão???

A Maharani saiu em pânico do elevador praguejando contro os imbecis incompetentes que constroem bombas nucleares, firmemente decidida a contruir um bunker anti-bichos do mal.

Um bunker repleto de inseticidas poderosos e muitas vassouras.

E nenhum disco dos Titãs.