Wednesday, March 28, 2007
Tuesday, March 27, 2007
Ajuda muito importante!
Preciso de uma ajudinha dos cinco leitores desse bloguinho.
Àqueles que quiserem se manifestar, agradeço de antemão.
Estou pensando seriamente em mudar o nome do blog e, conseqüentemente, meu nome de tela.
O que vocês acham?
Àqueles que quiserem se manifestar, agradeço de antemão.
Estou pensando seriamente em mudar o nome do blog e, conseqüentemente, meu nome de tela.
O que vocês acham?
Iupi!!!!
São minhas. D: :D :D
Presente atrasado de aniversário da Maharani para a Maharani.
Leitura para o resto do ano!
Iupi!!!! :D :D :D
Caixa1:
A narrativa de A. Gordon Pym, de Edgard Allan Poe;
A Santa Joana dos Matadouros, de Bertold Brecht;
Diálogos com Leucó, de Cesare Pavese;
Fim de partida, de Samuel Beckett;
Niels Lyhne, de Jens Peter Jacobsen;
O círculo de giz caucasiano, de Bertold Brecht;
O diabo e outras histórias, de Liev (léon) Tólstoi;
Padre Sérgio, de Liev (Léon) Tólstoi;
Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac;
Um, nenhum e cem mil, de Luigi Pirandello.
Caixa 2:
Auto-de-fé, de Elias Canetti;
Billy Budd, de Herman Melville;
Esperando Godot, de Samuel Beckett;
História do olho, de Georges Bataille;
O assassinato e outras histórias; de Anton Techkov;
O companheiro de viagem, de Gyula Krúdy;
O Exército de Cavalaria, de Isaac Bábel;
O vermelho e o negro, de Stendhal;
Pais e filhos, de Ivan Turguêniev;
Três contos, de Gustave Flaubert.
Comcei com o Melville.
Iupi!!!
Monday, March 26, 2007
Les macarons! Les macarons!
Tem gente que gostou, mas a Maharani achou Maria Antonieta (Marie Antoinette) chatinho, chatinho. Não tem nenhum desempenho brilhante, talvez o Rip Torn na cena da morte do Luís XV. A Kirsten Dunst é fraca, não adianta. E a Sophia Coppola é superestimada. Simples assim.
Em algum lugar disseram que a Coppolinha trata a Maria Antonieta como uma pobre menina rica, projetando sua própria vida de princesinha de Hollywood. Faz sentido, porque ela passa mesmo a mão na cabeça da personagem. É tanta futilidade, tanta alienação, que é difícil ter algum simpatia pela menina que aos 14 anos é forçada a se casar com o futuro Luís XVI ( Jason Schwartzman, péssimo, mas melhora no final), despreparada, direitos da mulher zero, etc, etc, etc e tal.
Quase não dá para reconhecer a Asia Argento como cortesã vagaba e a Marianne Faithfull como a imperatriz Maria Teresa da Áustria.
Molly Shannon bancando a nobre francesa? Não dá.
A fotografia é ruim, conseguiram autorização para filmar em Versalhes e o resultado é tão decepcionante, o palácio é limpinho, limpinho, contexto histórico que é bom nada.. mas os figurinos são espetaculares e a trilha sonora é bem legal.
E tem os macarons.
Dezenas, centenas de macarons, de todas as cores e sabores, cada um mais lindo que o outro.
A Coppolinha encomendou na Ladurée.
Sabe lá o que é ir ao cinema direto do trabalho, só com o sanduíche do almoço no estômago e ver todos aqueles macarons gigantescos na tela?
Crueldade pura.
Bem feito para Maria Antonieta.
Humpf.
Thursday, March 22, 2007
Wednesday, March 21, 2007
Mãos de cavalo
Mãos de Cavalo, de Daniel Galera, é um bom livro, ficção basileira contemporânea e merecido descanso dos textos de Ciências Sociais e afins e literatura estrangeira. A trama é intercalada por flashbacks da adolescência do protagonista e o tempo presente, na Porto Alegre dos anos 90/2000. Muitos e muitos parágrafos descrevendo os cenários e, sinceramente, alguns poderiam ser eliminados. Mas a história é bem interessante, com uma reviravolta inesperada.
O final é meio aberto, o que, de vez em quando, irrita. Mesmo assim, vale a pena ler.
E os palhaços quem são?
Lembra do promotor que atirou em dois irmãos na Riviera São Lourenço, em São Paulo, matou um, feriu gravemente o outro? Pois o Ministério Público de São Paulo decidiu que ele não perde a vitaliciedade do cargo.
Oficialmente, só falta nos chamarem de palhaços.
Oficialmente, só falta nos chamarem de palhaços.
Tuesday, March 20, 2007
Sunday, March 18, 2007
16 pôneis azuis, 21 aviões e 12 anões girando
A Maharani gosta muitíssimo do Woody Allen, apesar de ele odiar a galera do sétimo andar. Seu último grande filme foi Descontruindo Harry (Descontructing Harry), mas tudo que faz ainda é melhor do que 98% do que tem por aí.
Scoop - O Grande Furo (Scoop) é um tanto bobinho, com a Scarlett Johansson vivendo Sondra Pransky, uma estudante de jornalismo que tem o péssimo hábito de ir para a cama com seus entrevistados/objetos de investigação. Ela vai ao show de mágica de Sidney Waterman (Woody Allen) e, durante um daqueles truques dentro de uma caixa, fala com o espírito de Joe Strombel (o sensacional Ian McShane), um jornalista daqueles que são premiados, viajaram o mundo, só deram furos etc e tal. E claro que ele dá para Sondra um grande furo (o scoop do título), diretamente do barco da morte ceifadora: Peter (Hugh Jackman), aristocrata inglês bonitão é um serial killer. A mocinha se junta ao mágico e, claro, se envolve, com o suposto criminoso.
Deu para rir bastante e é bom ver que Woody Allen deixou, realmente, de vez, o papel de conquistador da protagonista linda que, nada vida real jamais daria bola para ele (uma coisa meio Renato Aragão/Didi de ser, sabe?). Sim, tem cenas previsíveis e inverossímeis, além de que o filme poderia ser mais curto, mas o lado rasteiro da Maharani acha que o Hugh Jackman compensa. :p
E, para quem passou quase que a vida inteira filmando Nova York com olhos de amante apaixonado, Woody Allen dá conta do recado muitíssimo bem com Londres.
Ah, Londres. Um dia...
Das melhores frases do filme, dita várias vezes por Sid Waterman: "I love you, really. With all due respect, you're a beautiful person. You're a credit to your race."
O título do post? Ah, só vendo filme! :)
Friday, March 16, 2007
Ruinzinho de dar dó
Bestas encurraladas, de Magnus Mills, um dos maiores desperdícios de tempo do ano, logo atrás do Borat. Maior fuzuê em cima do livro e sem a menor justificativa. Um fiapo de trama sobre três alambradores que vai de lugar algum para nenhum lugar, personagens mal e porcamente construídos, falta ambientação, contexto, falta tudo.
E o final mais idiota de todos os tempos, não porque seja um final daqueles abertos, que não concluem nada, mas porque não há nada para ser concluído.
Thursday, March 15, 2007
Ô raiva!!!!!!
E o Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil vai fechar. Agora, só visitas guiadas.
O porquê?
Falta de verbas, é claro.
Precisam de R$ 650 mil por ano para manter o museu, o maior do gênero, aberto, mas os recursos públicos não dão e a renda de bilheteria, muito menos. Fora as goteiras, os cupins, tudo que precisa de conserto e não recebe porque falta verba.
O acervo tem pinturas do século XV e é o maior e o mais completo do mundo no gênero.
Aí vem o prefeito, aquele que se acha o Ave Cesar (sem acento, como ele faz questão de frisar), dizer que é um problema de "gerência".
Um país que não dá valor à cultura, mas pára em dias de paredão de programas idiotas feito o Big Brother não pode mesmo ir para frente.
Que raiva!!!!
O porquê?
Falta de verbas, é claro.
Precisam de R$ 650 mil por ano para manter o museu, o maior do gênero, aberto, mas os recursos públicos não dão e a renda de bilheteria, muito menos. Fora as goteiras, os cupins, tudo que precisa de conserto e não recebe porque falta verba.
O acervo tem pinturas do século XV e é o maior e o mais completo do mundo no gênero.
Aí vem o prefeito, aquele que se acha o Ave Cesar (sem acento, como ele faz questão de frisar), dizer que é um problema de "gerência".
Um país que não dá valor à cultura, mas pára em dias de paredão de programas idiotas feito o Big Brother não pode mesmo ir para frente.
Que raiva!!!!
É um um pássaro? É um avião?
Hollywoodland - Bastidores da Fama (Hollywoodland) é um filme elegante e tem aquela aura noir que, surpreendentemente, casa bem com a solar Los Angeles e o mundo fake da Lalaland. A trama gira em torno da morte nunca bem explicada de George Reeves (Ben Affleck), o protagonista da série As Aventuras do Super-Homem, em 1959.
Oficialmente, foi suicídio, mas, aos poucos, o detetive Louis Simo (Adrien Brody) descobre que Reeves tinha um caso com Toni Mannix (Diane Lane), esposa de um poderoso executivo do estúdio MGM, Eddie Mannix (Bob Hoskins). Ela meio que bancava ele, mas não fica muito claro até que ponto ajudou sua carreira ou não usou suas conexões para livrá-lo do rótulo de Super-Homem.
E é aí que as coisas ficam meio tristes, porque Reeves queria ser reconhecido como um ator sério, tinha planos de dirigir, roteiros próprios, mas nada dá muito certo. Se ele tinha talento suficiente ou não é outra história. O personagem também é um pouco dúbio, vive uma relação meio na base da gigolotagem (huhm, frase estranha) com Toni, embora uma busca básica no Google mostre que Reeves, aparentemente, era um cara bem legal. Inclusive, teria lutado por salários mais altos para as atrizes dos seriados, justificando que não existia razão apra elas ganharem menos que os homens.
Todos trabalham muito bem, inclusive e, surpreendentemente, o Ben Affleck, que já era caso perdido há tempos. Engordou, aparece meio acabado, mas dá conta do recado e passa uma tristeza tão grande. A Diane Lane e o Bob Hoskins são perfeitos e, pela primeira vez, a Maharani simpatizou com Adrien Brody, embora o personagem dele seja responsável pela perda de rumo do filme: tentam fazer um contraponto entre a vida do detetive, que vai de mal a pior, com a de Reeves, e não cola. Com isso, a relação entre Reeves e Toni se perde e não exploram direito o personagem do marido poderoso, nem da noiva picareta (Robin Tunney).
Os figurinos são liiiiindos. Inmpressionante como todas as mulheres usavam batom vermelhão em todas as situações e hoje é este look pausterizado do nude, nude, nude sempre.
Não chega a ser Los Angeles - Cidade Proibida (L.A. Confidential), mas é bom.
Tuesday, March 13, 2007
Friday, March 09, 2007
Maravilha do dia
The Dessert: Harmony In Red (The Red Room), de Henri Matisse, pintado em 1908.
O retorno à Maravilha do Dia é um desejo de boa sorte e de muito sucesso para Cris em sua tese de doutorado. :)
O retorno à Maravilha do Dia é um desejo de boa sorte e de muito sucesso para Cris em sua tese de doutorado. :)
Wednesday, March 07, 2007
Bubba é tudo
Havia séculos que a Maharani não lia um livro policial e pegou esse Dança da Chuva emprestado com um amigo. Incrível como policial americano a gente reconhece pelo estilo, pelas frases curtas, pela construção dos personagens. Lá pelo meio do livro já dava para sacar quem é o culpado, mas a trama é bem bolada e as descrições dos tipos humanos, dos lugares, dos habitantes de cada parte de Boston e, até mesmo, da violência, são bem bacanas e põem a imaginação para funcionar.
Chato é que você imagina os detetives Patrick Kenzie e Angela Gennaro de um jeito, descobre que vai rolar adaptação de Baby, Gone, Baby, outro livro da série e fica d-e-s-a-p-o-n-t-a-d-a com o elenco, bem mais novinho que a imagem já formada na sua cabeça.
Bubba Rogowski, o contrabandista de armas, brucutu, ex-militar, criminoso do bem? É. Tudo.
Os diálogos são mesmo ótimos.
Agora, aos outros da série.
Tinha certa implicância com o autor, Dennis Lehanne, porque é dele Meninos e Lobos, o livro que deu origem ao filme dirigido pelo Clint Eastwood. E, ao contrário de muita gente, aqui o filme não teve cotação alta e muito menos a interpretação over the top do Sean Penn.
Mas isso é outra história.
Sunday, March 04, 2007
A Grande Chuva
Faz muito calor na terra da Maharani.
Às 7h30m os termômetros já marcam 37, 38º sem perdão. Pouco, pouquíssimo vento e aquele ar abafado que faz a roupa grudar, o protetor solar melar no rosto e idéia de civilização parecer algo muito sofisticado para tempo tão bárbaro.
E todos esperam A Grande Chuva.
A Grande Chuva é um fenômeno meterológico típico do reino esculhambado da Maharani. Ela até dá sinais de aviso, mas, anos após ano, ainda pega todos de surpresa. Porque ela é assim, sabe? O céu fecha, o ar abafado esquenta de uma maneira peculiar, as folhas secas no chão começam a rodopiar... e aí tudo pára e volta ao normal.
Ardilosa e manhosa, até que se cansa de brincar e cai sem piedade, castigando as encontas, alagando as ruas do reino à beira-mar, destruindo e maltratando, trazendo medo e caos.
Já chamaram a Grande Chuva de Águas de Março.
Ela não deve gostar de ser tratada de forma poética. Com certeza odeia metáforas e eufemismos.
Porque ela é a Grande Chuva.
E, quando ela vier (e ela virá), e, quando ela passar (e ela passará), o calor voltará.
Até a próxima Grande Chuva.
Às 7h30m os termômetros já marcam 37, 38º sem perdão. Pouco, pouquíssimo vento e aquele ar abafado que faz a roupa grudar, o protetor solar melar no rosto e idéia de civilização parecer algo muito sofisticado para tempo tão bárbaro.
E todos esperam A Grande Chuva.
A Grande Chuva é um fenômeno meterológico típico do reino esculhambado da Maharani. Ela até dá sinais de aviso, mas, anos após ano, ainda pega todos de surpresa. Porque ela é assim, sabe? O céu fecha, o ar abafado esquenta de uma maneira peculiar, as folhas secas no chão começam a rodopiar... e aí tudo pára e volta ao normal.
Ardilosa e manhosa, até que se cansa de brincar e cai sem piedade, castigando as encontas, alagando as ruas do reino à beira-mar, destruindo e maltratando, trazendo medo e caos.
Já chamaram a Grande Chuva de Águas de Março.
Ela não deve gostar de ser tratada de forma poética. Com certeza odeia metáforas e eufemismos.
Porque ela é a Grande Chuva.
E, quando ela vier (e ela virá), e, quando ela passar (e ela passará), o calor voltará.
Até a próxima Grande Chuva.
Nenhum de nós quer ficar velho
Acharam que a Maharani escrever um título tipo "O Canto do Cisne"ou algo do gênero? Desculpem-me, meus cinco leitores, mas de cliché, basta a vida.
Vênus (trabalhinho fácil para os tradutores!) tem um roteiro meio fraquinho, dois amigos, Peter O'Toole e Leslie Phillips, atores, que têm suas vidas sacudidas quando a sobrinha tranqueira do segundo passa a morar com ele. O resto está na sinopse, Maurice, personagem de O'Toole, se apaixona pela menina (não fica claro a idade dela, algo entre 18 e 20?) e os dois estabelecem uma relação de interesses. Ele quer beijo e cheirar pescoço, quer contato físico e ela quer $ugar o que ele pode dar.
É incômodo. É muito incômodo ver um senhor já passado dos 70 interessado em uma mulher tão jovem, de forma abertamente sexual, sem aquela sensação de que tem algo muito errado ali, o que talvez revele mais sobre os preconceitos que criamos com relação ao comportamento a partir de uma certa idade. Mas a Maharani acredita que, o que incomoda mesmo é ver a velhice tão desnuda.
Porque nenhum de nós quer ficar velho.
Tem sempre aquele papo de que "Ah, com saúde está bom", "Que Deus conserve minha capacidade mental", "Ah, vou ser uma velhinha espevitada", mas a realidade é outra.
E, no filme, a velhice deles é de doença, de grana contada, de não ter como consertar o aquecedor porque não há dinheiro e os filhos não ajudam, mas, acima de tudo, de tempos e glórias (e sonhos não realizados) que já foram e não voltam mais. E a atração de Maurice pela mocinha tranqueira dá muita pena também, porque a velhice é uma barreira intransponível para o que ele quer dela (sexo, interesse de uma mulher por um homem) e é uma metáfora para o fim de vida dele.
Peter O'Toole não levou o Oscar, mas merecia (e todos teríamos visto o sensacional smoking paletó da tia).